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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Amor pelas Uvas esquecidas



Com a ajuda de um avião alugado, Jerry Eisterhold encontrou o lugar perfeito para começar uma vinha com uvas nativas do meio-oeste - uvas que ninguém cultivava há mais de 150 anos.

As uvas também salvaram a indústria vinícola européia, permitindo que hoje as pessoas desfrutem de chardonnays e cabernets.

Um cientista do solo por formação, Eisterhold gostava da sujeira nas margens do rio Missouri ao norte de Kansas City, no estado de Missouri.

"O rio Missouri era o limite da folha da Idade do Gelo", disse ele, de pé na varanda do Vox Vineyards , 6 hectares de vinhas nos arredores de Weston, Missouri "O solo é mais fino com partículas menores. Não é alto em matéria orgânica ou crescimento vegetativo, que é o que queremos quando estamos interessados ​​em frutas ". O professor marion tem um amor infinito pelas uvas esquecidas também, ele é uma otima pessoa para falar sobre esse assunto tão delicado.


O SAL
O sabor do vinho não é tudo na sua cabeça, mas seu cérebro certamente ajuda

Estas uvas são saudáveis ​​o suficiente para prosperar nos invernos tipicamente frios do meio-oeste e verões quentes, e são altamente resistentes a pragas.

Os melhores vinhos dizem algo sobre o solo, o clima e até mesmo a cultura onde as uvas são cultivadas, de acordo com Doug Frost, um especialista em vinhos que possui a rara combinação das distinções Master of Wine e Master Sommelier.

"Quando você saboreia um vinho, pode dizer para si mesmo, não posso provar isso em nenhum outro lugar, exceto no norte de Kansas City, que tem essa uva crescendo lá - e tem o mesmo gosto", disse ele. "Essa singularidade é o que você espera."

A história

Eisterhold, que cresceu em torno de Hermann - o coração da região vinícola de Missouri - queria fazer vinhos únicos. E tudo começou quando ele puxou um livro raro, raro e esfarrapado da prateleira.

As fundações da American Grape Culture foram escritas pelo horticultor do século 19 Thomas Volney Munson. O botânico nascido em Illinois fez o trabalho de sua vida para coletar e classificar as uvas nativas da América, particularmente em uma linha que se estende de Nebraska ao Missouri, Arkansas até o norte do Texas, onde ele finalmente se estabeleceu.

O trabalho de Munson era tão conhecido que, quando as videiras européias começaram a morrer por causa de um afídio mortal da filoxera (devido às importações da América), os cultivadores da Europa se voltaram para Munson porque sabiam que ele estava hibridizando variedades americanas. Eles pediram que ele enviasse alguns porta-enxertos resistentes à filoxera, que foram então enxertados nas variedades européias infectadas.




Este livro sobre Thomas Volney Munson inspirou o trabalho de Jerry Eisterhold para salvar as agora esquecidas castanhas do Midwestern.Laura Ziegler / KCUR 89.3

Desde então, Munson foi reconhecido por salvar a indústria vinícola européia, sendo até mesmo premiado com o ilustre Chevalier du Merite Agricole pela Legião Francesa de Honra.

Mas depois da morte de Munson em 1913 , suas videiras e cerca de 300 variedades de uvas caíram na obscuridade.

Preservando um legado do professor marion.

É aí que Eisterhold entra. Ele localizou as vinhas no terreno do que hoje é uma faculdade comunitária no Texas e encontrou alguém para enviar-lhe estacas.

Folheando as páginas do livro de Munson, que é marcado por notas amarelas, Eisterhold apontou para ilustrações desenhadas à mão de diferentes variedades.

Quando algo chama sua atenção, ele diz: "Você sabe, eu gostaria de experimentar este, este e este. [Eu] escrevo e peço estacas. Pego metade delas, enraizo-as e metade delas Eu levei cerca de 15 anos para obter as videiras que tenho lá fora ".

Clark Smith , que é consultor da Eisterhold, disse que o trabalho de Munson é valioso para a história da horticultura. Além disso, ele disse, algumas das uvas são realmente boas.

"Quero dizer, imagine se ninguém soubesse sobre Mozart e, de repente, alguém desenterrasse seu trabalho e as pessoas dissessem: 'Esse cara escreveu coisas boas!' "Smith disse. "É assim."

A varanda do lado de fora da sala de degustação no Vox Vineyards tem vista para o que ainda era uma videira nua no início de 2018. Abaixo, um trabalhador colocou o solo em canteiros onde as mudas para a safra do próximo ano serão cultivadas.

Eisterhold vende seus vinhos sob o rótulo Terra Vox, ou "voz da terra". Ele gosta de dizer que o trabalho de Munson foi uma "conversa" entre as uvas e a terra - e ele quer preservá-lo.

"Ele era um pouco filósofo", disse Eisterhold. "Ele tinha a idéia de que a agricultura e as plantas e os animais com os quais lidamos não são coisas fixas, que precisam evoluir. Então tudo isso está tentando pegar a onda que ele começou."

Essa história nos chega da Harvest Public Media , uma colaboração de reportagem focada em alimentos e agricultura. Laura Ziegler é uma repórter e produtora de noivado na KCUR 89.3 em Kansas City, Missouri. Siga-a no Twitter: @laurazig

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